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Peixe-médico ou peixe-manicure? O garra rufa é uma espécie de peixe natural da área central do Oriente Médio que se alimenta de células mortas. Por este motivo é bastante utilizado não apenas para fins medicinais como também para quem busca obter resultados estéticos.
Em toda Grécia, não é raro ver spas especializados na técnica dos cardumes na limpeza dos pés. No primeiro momento que vi achei muito inusitado e confesso que recusei a ideia com medo de me machucar ou machucá-los. Porém, a curiosidade falou mais alto.
Acabei aproveitando o clima tranquilo e calmo de Santorini para entrar na onda e relaxar. Ao chegar no spa você retira os sapatos e a atendente te leva até um pequeno tanque para lavar os pés com um produto especial.
Depois você escolhe em qual aquário com cerca de 50 peixinhos você quer colocar os pés. Pronto! Agora eles farão todo o serviço. Não dói, você só sente algo “cutucando” como uma espécie de pequenos beliscos, em especial na área da cutícula.
Optei por 15 minutos de massagem nos pés e após o alarme soar ainda ganhei mais alguns minutos free. O serviço custa 10 euros. O atendimento foi muito bom, eles entenderam a minha aflição inicial e não ligaram para os meus gritinhos a cada mordida mais esfomeada dos peixes.
Serviço
Dr. Fish Spa
Main Square – Fira – Santorini – Grécia
https://www.facebook.com/DrFishSpaExperience
Ajudar o planeta, comer bem e ainda economizar? Parece um sonho, mas na verdade é a funcionalidade de um dos aplicativos queridinhos da Europa, o Too Good To Go. Se você está planejando uma viagem pelas bandas de cá, anote já este nome.
Fiquei sabendo da existência do Too Good To Go em 2018, quando morei em Portugal. Porém, apenas conheci de nome, pois na época o aplicativo ainda não funcionava no país. Agora, vivendo na Itália, pude ter uma experiência genuína, que conto aqui, tim-tim por tim-tim para vocês.
Too Good To Go: como funciona?
Como uma espécie de xepa digital, os estabelecimentos separam uma quantidade de alimento durante a reposição e oferecem uma Magic Box, dentro do software, com uma margem considerável de desconto, que pode chegar a 70%.
Dentre as lojas cadastradas estão desde sorveterias, quitandas, pizzarias, restaurantes, padarias, até mercados. O combinado é que, cada consumidor no horário indicado, leve até o local a sua própria sacola para fazer a retirada dos itens recolhidos.
O que me chamou a atenção foi também a questão do elemento surpresa: imaginamos, porém nunca sabemos de fato o que vem na tal caixa.
Em questões tecnológicas…
Disponível para download no Google Play e App Store da Apple, o aplicativo da Too Good To Go possui uma interface bem funcional e dinâmica. Importante dizer também que, mesmo utilizando em outros países, você pode manter o seu idioma de preferência.
O display apresenta os restaurantes que estão oferecendo box durante o decorrer do dia, os lugares mais próximos de você e também os seus locais preferidos. Existe também a possibilidade de deixar agendaras as reservas para as refeições da data seguinte.
Onde encontrar o Too Good To Go?
Presente até o momento em 13 países da Europa, o aplicativo está cada dia mais ampliando seu alcance e fechando novas parcerias. Está disponível na Dinamarca (onde foi criado), Noruega, Holanda, Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Suíça, Espanha, Polónia, Itália, Áustria e, desde 2019, em Portugal.
Bem que poderia ir para o Brasil, né?!
A importância do Too Good To Go
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, 17% dos alimentos disponíveis para o consumo no mundo, são desperdiçados. Ou seja, 931 milhões de toneladas de comida vai anualmente para o lixo.
Iniciativas como essa, além de ajudar no combate ao desperdício de alimentos, ainda se dispõe como uma ajuda aos pequenos restaurantes e comércios, que reaproveitam aquela mercadoria que seria descartada.
Too Good To Go: minha experiência
Consultei o aplicativo e a opção mais interessante e perto da minha casa era a Pasticceria Antica Sicilia. Eu já conhecia o local, tinha tomado um café por lá e comido um brioche. Confesso que na hora já lembrei da vitrine chamativa cheia de doces sicilianos.
Escolhi uma Magic Box de € 3,90, para ser retirada na tarde do dia seguinte. Que ansiedade! Na data marcada e quase no horário, resolvi dar uma olhadinha no aplicativo e vi que a minha solicitação tinha sido cancelada. Isso mesmo!
Como ele funciona totalmente com as “sobras” do estabelecimento, corre-se o risco. Bom para eles, que venderam tudo e ruim para mim, que fiquei sem nada.
Porém… como sou brasileira e não desisto nunca (mais clichê, impossível!), resolvi dois dias depois insistir no mesmo local. E não é que dessa vez deu certo?!!
A retirada de dois pacotes de papel foi bem rápida e o peso de ambos já revelava que estavam cheios. Cheguei em casa, abri e o resultado foi esse da foto: dois pratos cheios e com uma ótima diversidade.
Ao todo vieram duas pizzas, cinco canolli, um brioche de marmelada, um brioche de ricota e um arancino, que é uma espécie de bolinho de arroz recheado, muito comum na gastronomia siciliana. Tudo fresquinho e saboroso!
Dicas preciosas para o uso
O que ainda falta no software é um espaço dinâmico de compartilhamento de opiniões dentro da própria plataforma. Só que, existe a possibilidade de pesquisar por aí a reputação de cada empresa fora do aplicativo. Vamos lá?
– Procure os grupos no Facebook
Aqui na Itália, encontrei no Facebook um grupo de troca de experiências para os estabelecimentos de Milão. Cada dia, pessoas que vivem na cidade e utilizam o dispositivo, compartilham as suas compras e avaliam a qualidade e o atendimento.
– Dê uma olhadinha antes na hashtag do Instagram
Comece usando como base a hashtag #toogoodtogo no Instagram e inclua no final a sigla do país onde está. Clique em recentes e procure postagens da cidade onde está hospedado. Assim, fica mais fácil de encontrar referências e garantir uma boa refeição no Too Good To Go.
Você já conhecia o aplicativo? O que achou da ideia?
Deixe o seu comentário em nosso site ou se preferir, nos escreva nas redes sociais!
Veja também essas zanzadas:
Não tem como fugir! Visitar a capital da moda e não entrar em nenhuma loja é quase uma ofensa. Porém, se o seu orçamento é baixo e a vontade de comprar é muita, apresento a melhor saída: uma passadinha na Primark em Milão.
Com mais de 380 lojas espalhadas em 13 países da Europa e América, a Primark oferece peças de roupas, artigos para casa e produtos para beleza, com baixo custo e qualidade. Na Itália, além das duas unidades da Primark em Milão, existem mais outras quatro lojas, em Verona, Brescia, Florença e Roma.
Primark: estilo que cabe no bolso!
A primeira loja da Primark nasceu em 1969, na cidade de Dublin, na Irlanda, porém como outra marca, Penneys. Aliás, ainda hoje existem no país 37 lojas ainda com este nome. Vale a pena procurar quando for passear por lá!
Eu mesma sempre que viajo para algum país, faço questão de dar uma olhadinha antes para ver se tem Primark. Caso exista, faço questão de deixar um espacinho na mala para algum produto que certamente irei gostar.
Infelizmente eles ainda não atuam no mercado de e-commerce. Para comprar, só é possível ir fisicamente em uma das suas lojas. Aliás, a maior das suas unidades fica na Birmingham High Street, em Londres, na Inglaterra. São mais de cinco andares. Além da parte onde ficam expostos os produtos, o local abriga o primeiro Primark Beauty Studio e também áreas de alimentação, como o Primark Café With Disney, que possui uma decoração exclusiva com personagens.
De acordo com relatórios da ONG Know The Chain, a Primark possui uma posição no ranking de transparência em relação aos seus fornecedores e o combate ao trabalho escravo dentro da indústria têxtil, assunto tão pertinente, sempre!
UNIVERSO VIAGEM :
– Restaurantes em Risco: série da Netflix que fala sobre viagem, decoração e gastronomia
– 15 passeios virtuais pelo mundo
– Tatuagem e viagem: 50 desenhos inspiradores!
O que encontrar na Primark em Milão?
Seguindo as tendências de moda, a Primark a cada temporada disponibiliza novas peças de acordo com as estações. Na ala de vestuários femininos, podemos encontrar um pouco de tudo!
Por exemplo, no inverno sempre há uma grande variedade de casacos, calças, itens de proteção do frio e produtos térmicos, como meias especiais. Porém, independente da época do ano, os acessórios sempre estão presentes como bolsas, necessaries, bijouterias, sapatos, chinelos, pijamas, óculos e roupas para exercícios.
Já para os homens vale o mesmo, porém o que sempre compensa bastante são os itens básicos de meias, cuecas e sapatos. Conjuntos esportivos, calças jeans e camisetas também são ótimas opções de compras.
Para bebês, crianças e adolescentes a loja possui diferentes repartições. Na Primark é possível produzir um bom enxoval com peças divertidas e diferentes. Elas são vendidas em packs com várias unidades como bodies, pagãozinhos, babadores, meias, fraldas de pano, entre outros itens.
Cama, mesa e banho
Como não poderia faltar a Primark também vende produtos para a casa. Das lojas que eu já visitei pelo mundo, essa é sempre um dos setores mais variados, sempre é uma surpresa. O que sempre têm são as toalhas de banho, mas em algumas lojas é possível encontrar desde toalhas de mesa, almofadas, cortinas de banheiro, até guardanapos de pano.
Beleza e bem-estar
Definitivamente, podemos dizer que na loja existem produtos para o fio do cabelo até o dedão do pé. São maquiagens, itens para a unha e utensílios de beleza. Ainda tem as linhas de cuidados para o cabelo e a pele, recentemente lançadas.
Outro fator importante sobre a Primark, é que os produtos de beleza da empresa, dos cosméticos aos cuidados pessoais, não são testados em animais, conforme a aprovação do programa Leaping Bunny da Cruelty Free International. Essencial, não é mesmo?!
Primark em Milão: como chegar?
A unidade mais próxima do centro, é a Primark Rossano, instalada dentro do centro comercial Fiordaliso, localizado na região metropolitana de Milão.
A melhor maneira de chegar até lá é de transporte público. Basta pegar a linha verde do metrô (M2) e descer na estação Piazza Abbiategrasso, que também é a parada final. De lá, siga até o pequeno terminal de bonde e pegue o número 15. O melhor ponto para descer é o Curiel – Isonzo, que pára bem na frente ao Fiordaliso. É preciso atravessar uma passarela para chegar ao outro lado. Para a volta, o caminho é o mesmo.
Imagine estar frente a frente com um vulcão ainda ativo que, há quase dois mil anos, exterminou completamente uma cidade. E o melhor, poder caminhar dentro deste mesmo lugar outrora destruído. Já pensou? Vamos explicar tudo sobre como visitar Pompeia, um dos principais sítios arqueológicos do mundo.
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1997, a narrativa de Pompeia faz parte do nosso balaio de conhecimento. Visitar Pompeia e outros lugares que resistiram à passagem do tempo, vivenciar de perto a história e ver cada ruína, é uma experiência inesquecível. Emoção igual só senti no Egito.
Como visitar Pompeia saindo de Nápoles?
Nada melhor que dar um tempo na vivacidade de Nápoles e se aventurar em um bate e volta até Pompeia. O trajeto entre as cidades é de aproximadamente 25 km. Confira as dicas para chegar na vila histórica em diferentes tipos de transporte:
TREM
A rede municipal de trens de Nápoles se chama Circumvesuviana. É ela quem leva os visitantes de uma cidade para a outra, incluindo Herculano. É possível pegar o trem na estação Napoli Garibaldi e descer na estação Pompei Scavi – Villa Dei Misteri. O trajeto completo possui a duração aproximada de 40 minutos.
ÔNIBUS
Operado pela SITA SUD, o ônibus que sai de Nápoles e vai até a cidade de Salerno (5001) possui duas paradas em Pompeia.
CARRO
De Nápoles até Pompeia, o trajeto mais rápido é a via A3. A saída para o sítio arqueológico é a Pompei Ovest. Aliás, quem for de carro, vale já se antecipar aos altos preços dos estacionamentos. Normalmente a cobrança é acima de 3 euros para cada hora.
Como funciona a visita em Pompeia?
O percurso é autônomo, ou seja, você compra o bilhete e pode caminhar sozinho pelas ruínas de Pompeia. O parque arqueológico disponibiliza um aplicativo gratuito (Android e IOS) que teoricamente serve para conduzir o visitante. A ideia é ótima, mas a minha experiência com ele não foi tão positiva, já que o programa se mostrou confuso e muito lento.
Visitas guiadas oficiais podem ser reservadas na entrada da Piazza Anfiteatro, porém o valor, a rota e a duração devem ser acertados de maneira independente entre o visitante e o profissional de turismo. Do lado de fora, muitas pessoas com crachás se oferecem para fazer a visita, porém não fazem parte da equipe do parque.
O uso de áudio guia pode ser uma boa opção. Logo na entrada é possível alugar o dispositivo, mediante o pagamento e a entrega de um documento. Já na parte de fora, algumas lojas também oferecem esse tipo de serviço. Pelo que pesquisei, são mais baratos, porém possuem menos pontos de interesse na narração.
De qualquer forma, o sítio arqueológico disponibiliza mapas e totens por todas as partes, sinalizando caminhos.
Para quem prefere tranquilidade, é possível visitar Pompeia com a Get Your Guide reservar o bilhete e agendar a visita guiada em português em uma única compra. Além disso, eles oferecem passeios na companhia de arqueólogos ou excursões de 1 dia para Pompeia e o Vesúvio.
INGRESSOS PARA POMPEIA
Os bilhetes podem ser obtidos nas portas do parque e também pelo site oficial do circuito, o TicketOne. Existem algumas entradas, por isso é importante verificar qual é a do seu ingresso. São elas:
– Via Villa dei Misteri (Porta Marina)
– Piazza Porta Marina Inferiore (Piazza Esedra)
– Piazza Immacolata (Piazza Anfiteatro)
História de Pompeia
Antes de mais nada, é importante compreender a história que cerca Pompeia. O que faz milhares de viajantes anualmente se deslocam para o sul da Itália, na esperança de visitá-la? A resposta é simples: a vila devastada pelo vulcão Vesúvio é um raro exemplo, muito bem preservado, de como funcionava na prática uma antiga cidade romana.
Antes da tragédia, Pompeia vivia em plena prosperidade. Era tida como um local fértil para a plantação de uvas e oliveiras, por isso, era grande produtora e importadora de vinhos e azeites. Sua população urbana era estimada entre 10 e 12 mil pessoas.
Nobres, moradores comuns e escravos conviviam pacificamente na região. Dentro de suas muralhas, havia um fórum, templos em homenagem aos deuses romanos, termas, teatros, tabernas, padarias, prostíbulos, banheiros públicos e casas luxuosas, muitas delas residências de veraneio. Era uma cidade como outra qualquer.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
Protagonista de um dos principais desastres naturais da humanidade, o vulcão Vesúvio não era conhecido pelos moradores do entorno. Até o fatídico dia, as pessoas não sabiam que a bela montanha que desenhava o céu da cidade era na verdade um vulcão.
Segundo escritos deixados por Plínio, o Jovem, o início da sua primeira explosão ocorreu por volta das 10 da manhã do dia 24 de agosto de 79. A data não é unanimidade entre estudiosos.
Uma força relativa a 100 mil bombas atômicas arrebentou a cratera do vulcão. Além de Pompeia, as cidades de Herculano e Stabia também foram atingidas. No começo ele só lançou pedras, mas horas depois começou a emanar uma nuvem intensa. Acredita-se que a fumaça e as cinzas vulcânicas mataram as pessoas.
A cidade ficou totalmente soterrada depois da erupção. Tito, o imperador da época, ordenou rapidamente os resgates. Abrigou os sobreviventes e facilitou a recuperação da economia na região.
POMPEIA: A CIDADE PERDIDA
Ao andarmos por suas ruas de pedras, nem imaginamos que tudo isso ficou esquecido durante mais de 1600 anos. Apenas em 1599 é que parte da cidade foi redescoberta, durante um trabalho de desvio do rio Sarno. Como o conteúdo encontrado tinha um cunho sexual, foi prontamente esquecido. As escavações realmente só começaram a trazer luz para a cidade perdida em 1748.
Com o intuito de manter a preservação, algumas das peças originais estão expostas no Museu Nacional de Arqueologia em Nápoles (MNAN). Tesouros como pratarias, jogo de jantar em prata da Casa de Menandro (uma das mais ricas da cidade) moedas de ouro e jóias, podem ser vistas por lá.
Existe também dentro no Museu uma sala aberta somente para maiores de idade, com desenhos e estátuas de sexo explícito encontrados em alguns dos diversos bordeis da cidade. Pouco é falado, mas a prostituição era intensa em Pompeia e nas outras cidades romanas.
Os afrescos coloridos eram símbolos de status para os romanos. Alguns deles permanecem ainda hoje nas paredes, transmitindo mensagens e contando histórias. Interessante também é perceber os mosaicos de pastilhas no chão das casas, pilares de mármore e a riqueza dos detalhes da decoração. Os murais de Pompeia inspiraram muitos arquitetos europeus em suas criações,
Além disso, as estratégias de evacuação e o início da sismografia moderna, estudo que detecta os movimentos do solo, foram possíveis somente por conta da história vivida. Hoje equipes monitoram 24 horas os três vulcões presentes no Golfo de Nápoles e uma erupção pode ser prevista quase um mês antes.
Corpos Petrificados
Da mesma forma que vamos ao Egito querendo ver múmias, é difícil sair de Pompeia sem ver os corpos petrificados. A imagem e a posição em que foram encontrados chocam os visitantes, que ficam atônitos diante deles. É possível ver com os próprios olhos o medo congelado nas faces dos mortos.
Cobertos por cinzas vulcânicas, os antigos moradores da cidade foram praticamente moldados em forma de pedras. Após a decomposição das roupas, carne e os órgãos, o que sobraram foram uma espécie de casca oca. Giuseppe Fiorelli, um arqueólogo italiano é quem conseguiu criar uma técnica com o objetivo de localizar os corpos das vítimas em meio aos vestígios.
Constantes escavações
As ruínas de Pompeia conseguiram sobreviver à fúria vulcânica, mas ainda mantêm uma batalha para se manter de pé. Deste modo, é aceitável que durante a visita algumas partes do sítio arqueológicos estejam fechadas. O restauro é contínuo e as escavações continuam até os dias atuais.
Uma curiosidade é que existe na região um monitoramento constante, já que inúmeras vezes foram encontradas escavações ilegais na região ao redor do Vesúvio.
Na semana mesmo em que eu estava visitando o local, os arqueólogos localizaram um novo corpo petrificado. Desta vez, foi encontrado um corpo de um homem de aparentemente 60 anos. O estado do cadáver divergia dos outros corpos comuns, pois estava semi-mumificado. Sim, Pompeia é um local de mistérios.
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Como visitar Pompeia? Dicas de conteúdo!
Para a nossa sorte, muito material documental e de ficção foram produzidos sobre o assunto ao longo dos anos. Por isso, preparei uma lista de filmes que podem auxiliar na compreensão do contexto local antes mesmo da visita.
DOCUMENTÁRIOS
Pompeia à Sombra do Vesúvio | Grandes Tesouros da Arqueologia – Youtube
A produção narra a vida cotidiana dos moradores de Pompeia, o processo de erupção e os avanços com as escavações locais.
Pompeia: Histórias do Mundo | History Channel Brasil – Youtube
O documentário aborda os costumes sexuais que existiam na antiga cidade romana, as descobertas eróticas que foram feitas durante as escavações e os tabus que envolveram tais achados.
OBRAS DE FICÇÃO
Vulcão – O Apocalipse (2014) | Direção: Ben Demaree – Prime Vídeo
Durante uma visita às ruínas de Pompeia, um ex-militar americano tenta salvar a sua esposa e filha durante uma nova erupção do vulcão.
Pompeia (2014) | Direção: Paul W. S. Anderson – NETFLIX
Tendo como estrela principal o ator Kit Harington (o Jon Snow de Game of Thrones), o filme aborda Pompeia pela ótica de um gladiador, que luta para salvar a vida da mulher amada diante da tragédia natural.
Hospedagem em Pompeia
Se a ideia for aproveitar ao máximo o sítio arqueológico de Pompeia, o ideal é reservar pelo menos uma noite na cidade. Dentro da plataforma Booking existem ótimas opções, com localização privilegiada e preços para todos os bolsos. Vamos lá?
HOTEL RISTORANTE VITTORIA
O Hotel Ristorante Vittoria está localizado próximo a Porta Marina, o principal local de entrada para quem compra os ingressos pela internet. Suas instalações são amplas e bem arejadas. Os viajantes avaliam positivamente a sua localização, o custo-benefício e a cordialidade dos funcionários.
VILLA FRANCA
O Villa Franca é um B & B situado bem na frente das ruínas de Pompeia. Sua vantagem é que além dos quartos, oferece uma área de estar bem grande com piscina e jardim, ideal para estar durante um fim de tarde, depois de um dia cansativo de passeio. Os quartos possuem ar-condicionado e o café da manhã é típico italiano, saboroso e abundante.
ÁGORA HOSTEL
Para quem vai sozinho ou o grupo tem um orçamento mais curto, o ideal é se hospedar no Ágora Hostel. Ele fica pertinho da entrada do anfiteatro, os quartos são bem espaçosos e tem uma área livre bem aconchegante com jardim. Outro ponto positivo que lá tem e não pode faltar é a tomada na cama.
Todas as sugestões de hospedagens seguiram os critérios de localização, preço e avaliações do Booking, a nossa plataforma parceira.
Dica de lugar para comer bem em Pompeia: sabor napolitano!
Nada melhor que conhecer um lugar desfrutando também da sua culinária local. Uma deliciosa experiência foi visitar o restaurante de comida típica, Add’ ù Mimì. E olha que fui com grandes críticos gastronômicos: meus sogros e o meu namorado, todos italianos.
Pela localização, em frente às ruínas, pode parecer um lugar muito turístico, mas não é bem tradicional. A trattoria possui jardim interno que funciona desde 1825. Ambiente agradável, preço bom e cardápio raiz do sul da Itália, como o Gnocchi alla Sorrentino e o Spaghetti alle Vongole.
Como visitar Pompeia: recomendações gerais!
Para garantir uma maravilhosa experiência no complexo arqueológico, fique de olho em algumas dicas úteis:
– Se for possível, evite visitar Pompeia durante o verão. Por ser um lugar totalmente ao ar livre, fica difícil fugir da exposição do sol.
– Durante a temporada de calor, use filtro solar e não se esqueça durante o trajeto de repassar o produto.
– Chapéus e roupas leves que permitam mobilidade, são bem-vindos.
– Faça uso de sapatos confortáveis, pois o chão é de pedras e o risco de provocar quedas, grande.
– Já na temporada de frio, escolha vestimentas adequadas, mas lembre-se que ao subir escadas e ladeiras, o corpo pode esquentar.
– O Parque possui o programa “Pompei Per Tutti” que disponibiliza um itinerário acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Pessoas com doenças cardíacas devem ter cautela durante o passeio, já que alguns lugares íngremes exigem um mínimo preparo físico.
– Dentro têm restaurantes com comidas rápidas (piadina, pizza e lasanha) e também áreas disponíveis para fazer piquenique.
– Vá com tempo. Não se esqueça que Pompeia era uma cidade. O local é imenso e conhecer correndo pode não ser uma experiência agradável.
Ficou interessado em como visitar Pompeia? Já esteve no sítio arqueológico? Compartilhe com a gente seus anseios, dicas e experiências 🙂
O músico que faz das ruas seu local de trabalho fica suscetível a todo o tipo de interferência externa. Não apenas da chuva, que faz com que o artista tenha que encerrar o show antes da hora, ou do sol, que desafina o instrumento. Estar ali, diariamente exposto, faz florescer o sentimento de companheirismo junto ao público, sendo, a cada dia, surpreendido por ele. Willian Lee sabe bem disso.
Aquele parecia ser um dia normal e assim foi. Chegou ao centro da cidade, na região da Santa Ifigênia, com seu carrinho de mão adaptado. Dentro dele, uma bateria de carro, mesa de som e tablet. A infinidade de fios naturalmente demarcava o palco improvisado, composto ainda pelo pedestal do microfone e a caixa de som. Como de costume, começou a fazer um som.
Na dinâmica frenética da cidade com pessoas indo e voltando, partindo e chegando, o pedido de um rapaz que perguntava se poderia gravar o show foi respondido com um “Claro, é sempre um prazer!”.
Deu conta após alguns dias quando um amigo de outra cidade ligou perguntando se Willian sabia o que estava acontecendo. Só percebeu que havia algo diferente quando abriu o Facebook e se deparou com milhares de solicitações de amizade e mensagens, além da caixa de entrada do e-mail lotada.
Quando tudo se transforma
Um vídeo dele tocando Sultans of Swing da banda britânica Dire Straits, postado no site YouTube por Léo Franclin, seu fã, inexplicavelmente tinha se tornado, na linguagem das redes sociais, um viral com 500 mil visualizações apenas de quinta para sábado. A alta circulação do material o fez alcançar uma grande popularidade e o transformou, do dia para a noite, em um fenômeno da internet.
Este texto poderia terminar aqui, porque nas entrelinhas tudo já teria sido dito. Mas toda história tem um começo, na maioria das vezes, um pouco difícil. A dele não foi diferente.
Nascido em Belo Horizonte, filho de um militar e uma dona de casa, Willian ganhou dos pais uma forte herança musical. Em seu lar, o rádio ficava o tempo todo ligado, sintonizado nas canções sertanejas de raiz. Na visita até a casa dos tios na roça, eram as modas de viola caipira que embalavam suas tardes.
Já influenciado pelos amigos da escola, estreou na música em 1983, aos quatorze anos, apresentando um cover da música Billie Jean, do Michael Jackson, no programa Clube da Criança. Com dezesseis, ganhou o primeiro violão da mãe e, de maneira autodidata, começou a tirar das cordas seus primeiros acordes.
Como não nasceu em berço de ouro, demorou alguns anos para ganhar a tão sonhada guitarra. Quando enfim recebeu o presente, descobriu, naquele momento, o que queria fazer para o resto da vida. Só não sabia que, assim como seu ídolo da infância Bruce Lee, também teria que lutar para conquistar seu espaço.
Amor pela música
O instrumento virou a extensão de seu corpo, um pedaço de si. Atrás de guitarristas amigos do bairro, pedia dicas de como tocar. Eles escondiam as manhas, os truques, ensinavam errado ou passavam para frente só o manejo básico.
Começou a trabalhar como vendedor de sapatos e roupas em uma loja do comércio e, só assim, pode pagar as aulas em uma escola de música. Porém, conciliar as oito horas de labuta em pé com os estudos não foi fácil. O rendimento e a evolução musical vinham a passos pequenos, o que incomodava demasiadamente o músico.
Como comerciante, conseguiu mudar para o ramo de vendas de instrumentos musicais. Ampliou seus horizontes, e São Paulo fez a sua parte: abriu as portas para o recepcionar. Acostumado ao rock and roll, blues e jazz, foi conhecendo o cenário musical da cidade que se aproximou do country music. Praticamente, teve que reaprender a tocar.
Mantendo de dia a profissão de vendedor, começou a tocar na noite paulistana. Logo já estava participando dos shows de grandes nomes do sertanejo, entre eles o cantor Sérgio Reis. A rotina cansativa não intimidava o jovem músico, ao contrário, o aproximava, cada vez mais, da concretização do seu sonho de viver da arte. Ficou nessa vida por dois anos, até o famoso sertanejo sofrer um derrame cerebral e ter a sua agenda de shows inteira cancelada, sem previsão de volta.
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A rua como palco
Certo dia, tocando na loja em que trabalhava, seu cliente e amigo, Sérgio Murillo, perguntou o motivo pelo qual Willian ainda não se apresentava nas ruas. Sem nunca ter pensado nisso, colocou na balança o amor ao instrumento, os anos de dedicação e, acima de tudo, a angústia de querer tocar e não ter lugar. Viu que, se não tomasse uma atitude radical, continuaria para o resto da vida trabalhando na área de vendas.
Tomou coragem com as dicas do amigo músico. Largou o ofício de comerciante e foi para as ruas, virar definitivamente artista. Essa data ele nunca irá esquecer: 10 de fevereiro de 2014. Tímido, na frente do Café Girondino, próximo ao metrô São Bento, tremia mais que vara verde. Foi difícil acertar uma música.
Depois, pegou o gosto. Começou a desenvolver um trabalho mais elaborado, identificando o que o público queria. Simples e de família humilde, não demorou muito para se adaptar ao contato direto com o povo. Sentia-se em casa, dando asas à nostalgia ao tocar músicas dos anos 60 aos 90, ritmos que embalaram muitos momentos marcantes nos capítulos da vida dos passantes do centro da cidade.
Willian conquistou a diferença e, após o sucesso repentino, viu sua vida mudar de vez. Hoje, até o momento, seu vídeo mais famoso possui mais de 5 milhões e 630 mil visualizações. Diversos sites internacionais especializados em música replicaram seu material. Sem contar com as outras músicas também disponíveis no YouTube, que juntas contabilizam aproximadamente 10 milhões de visitas. E estes números só crescem.
O encontro entre público e artista
Em uma tarde qualquer de um sábado, ele consegue atrair, a cada canção que toca, mais de 100 pessoas ao seu redor. Nem precisaria ter a placa “colabore com o artista” na caixinha de contribuições. Espontaneamente, as pessoas deixam ali dentro o reconhecimento em forma de nota. Se fosse agradecer verbalmente a cada um que colabora, não conseguiria cantar.
O CD, com músicas de composição própria, são vendidos por R$ 10,00. A cada música finalizada, ele para no intuito de autografar o material. As pessoas fazem fila, e ele conversa rapidamente de maneira carinhosa com todos. Enquanto isso, vai entretendo a plateia, contando passagens da sua vida, dedicando a próxima canção ou falando alguma curiosidade do cover que irá fazer.
Aliás, quem organiza toda a estrutura são seus irmãos. Como toda família, às vezes, tem um quebra pau, mas eles acabam sempre de alguma forma se entendendo. Cada um possui uma função, o que ajuda também a estabelecer uma harmonia melhor entre eles. Saionara cuida da parte dos eventos, fechando os contratos para shows.
Rodrigo cuida das gravações das bases musicais no estúdio, e Fernando está com Willian todos os dias na rua. Todos ajudam na administração das redes sociais, porém responder aos fãs ficou humanamente impossível. O artista recebe mais de 200 mensagens e e-mails diariamente.
Família como base de tudo
Foram alguns desses recados de admiradores que fez com que Willian fosse até de Juiz de Fora, em Minas Gerais, fazer um show na rua. Quando chegou em uma das praças principais da cidade, foi recepcionado por uma multidão de gente e pelo policiamento municipal que não o deixou tocar. Mesmo com gritos e pedidos de que a apresentação fosse autorizada. não conseguiu continuar o show. Pediu aos policiais para fazer a saideira e recolheu seu material.
A rua hoje, na verdade, serve como uma vitrine para o artista. É lá que ele consegue os contatos para shows e eventos em diversas localidades do país, além da oportunidade de gravar alguns programas de televisão como o Encontros da Fátima Bernardes, Altas Horas do Serginho Groisman, Programa do Ratinho com o Carlos Massa, entre outros.
A época em que mais ganhou dinheiro foi durante a Copa do Mundo FIFA de 2014, quando teve a oportunidade de cantar para visitantes de diversos lugares do mundo. Na região central da cidade foi montada a FIFA Fan Fest, um ponto de encontro para moradores e turistas assistirem os jogos, o que acabava atraindo uma infinidade de gente. Só para se ter uma ideia, em uma das apresentações, um gringo pediu para tocar três vezes a mesma música, dando a cada bis uma nota de 20 dólares.
Dedicação e esforço
De segunda-feira, ele não trabalha. Acostumado a cantar mais de cinco horas diariamente, resolveu tirar o dia de folga para fazer aulas de canto, no intuito de preservar as cordas vocais com exercícios específicos. Além disso, costuma ter como mantra a máxima dos músicos que diz que “se você abandonar o seu instrumento por uma semana, ele te abandona por um mês”. Por este motivo, tem como costume estudar semanalmente o seu instrumento, já iniciando as pesquisas para seus próximos trabalhos.
– Não quero ser um músico que toca cover pelo resto da vida. É uma responsabilidade muito grande criar. Tocar algo que está pronto já é difícil, mas você consegue dependendo da música. Agora, criar algo que ninguém conhece, que é seu, partiu de você, que você sozinho idealizou, é muito mais complicado.
De tudo o que já viveu e do que ainda tem para desfrutar, sabe que seu trabalho é um agente transformador na sociedade. Teve diversas provas, mas a que mais o marcou foi no dia em que um senhor de aproximadamente 70 anos chegou devagarinho em seu show com sua bengala e um chinelão de couro. Ficou acompanhando a apresentação de Change The World do Eric Clapton e, em um determinado momento, pediu para falar com o Willian. Em seu ouvido, disse baixinho, com os olhos cheios de lágrimas:
– Eu vinha, hoje de manhã, pensando em muitas coisas. Estou vivendo um momento muito difícil na minha família, perdi meu filho. Estava pensando em tirar a minha vida. Você sabe o que é um pai velho perder um filho jovem? Não tenho mais o que esperar. Sou aposentado, fico o dia inteiro em casa sem fazer nada. Agora, vendo você aqui, comecei a imaginar as dificuldades que possui para fazer o seu belo trabalho. O quanto você teve que lutar para estar aqui. Se eu não tinha motivos para viver, a sua força será o meu motivo.
Trecho do livro: “Palco & Asfalto – Um retrato dos artistas de rua na maior cidade do país”, de Thatiane Ferrari.
Além do Willian Lee, outros artistas também fizeram parte do projeto. Conheça o trabalho de Luiz Carlos Ribeiro, a conhecida Rodela, que com muito humor, levava a leveza do riso para as ruas do centro de São Paulo.
Veja também essas zanzadas:
 – Projeto Palco & Asfalto){kind=link}
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