Pinacoteca de Brera
04.05.2021 Pinacoteca de Brera em Milão: 7 motivos para visitar!

Considerado um dos principais museus estatais da Itália, a Pinacoteca de Brera, em Milão, possui um acervo predominantemente voltado para obras nacionais, especializado em pinturas lombardas e venezianas.

Com tantas opções pela cidade, pode ser que pinte a dúvida entre incluir ou não a Pinacoteca de Brera, em Milão, no seu roteiro. Antes mesmo que a indecisão apareça, confira abaixo a lista que preparei com 7 motivos para você definitivamente dar uma passadinha por lá.


7 motivos para visitar a Pinacoteca de Brera em Milão


Napoleão no Palácio de Brera
A Pinacoteca de Brera possui duas obras de Antonio Canova, onde ele retrata Napoleão

Percorrer os corredores da Pinacoteca de Brera é poder vislumbrar o melhor da arte produzida na Itália. Veja alguns dos pontos determinantes para a sua visita:


1 – Palácio Brera (Palazzo Brera)


Napoleão de Canova
Napoleão de Canova recepciona todos os visitantes no pátio principal

Tem o seu charme a oportunidade de adentrar um edifício do século XVII. É que a Pinacoteca está instalada no antigo Palácio Brera. A história do lugar conta que primeiro funcionou no mesmo terreno o Mosteiro dos Umiliati, uma antiga ordem religiosa.  

Depois, por volta de 1600, é que o importante arquiteto da época, Francesco Maria Richini apresentou o projeto inicial da construção, que se transformou em um colégio de ordem jesuíta. 

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Com a extinção da antiga confraria jesuítica e a posse do local para o Estado durante a ocupação austríaca, a imperatriz Maria Teresa da Áustria encabeçou um projeto que criava algumas instituições dentro do Palácio, como a biblioteca, o horto, o instituto de ciências, o observatório astronômico e a academia de artes.

A atmosfera do lugar nos transporta tranquilamente para as épocas mais distantes. Tire um tempo para sentar no pátio principal e observar a movimentação discreta de seus frequentadores e imaginar todas as transformações que existiram por lá. Esqueça o tempo!

Aliás, bem na entrada da Pinacoteca, onde fica a bilheteria, é possível ver o relógio público instalado no local em 1786. Durante séculos ele foi a referência de hora certa para todos os milaneses. 


2 – Acervo principal da Pinacoteca de Brera (Pinacoteca di Brera)


Arte Sacra
A arte sacra está muito bem representada no acervo da Pinacoteca

A ligação do Palácio Brera com a arte só se deu em 1773, com a criação da Academia de Belas Artes. Porém, a Pinacoteca só foi ganhar o status de galeria autônoma em 1882, durante a presença francesa na Itália. Napoleão Bonaparte ordenou que algumas obras de arte retiradas de igrejas e palácios, tivessem como destino o museu.

Sabe aquele lance de criar expectativas e depois ficar com medo de se decepcionar. Desencana! O acervo exposto possui um nível altíssimo, com obras de alguns dos principais pintores e escultores italianos, como Caravaggio, Antonio Canova, Amedeo Modigliani, Raffaello Sanzio e Francesco Hayez.

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Obras em destaque

O Beijo de Hayez
O Beijo (Il Bacio), obra de Hayez

Napoleão Bonaparte (ou por toda a parte) possui relevância não apenas na história da galeria, mas também por ilustrar duas das principais obras do local. É que a escultura de bronze esculpida por Antonio Canova, exposta no pátio de honra do Palácio, possui uma outra escultura de mármore, exibida em um dos salões do museu. 

Chamada de “Napoleão Bonaparte como Marte Pacificador”, a obra o retrata como  o deus romano da guerra e não com a costumeira vestimenta militar. Na Itália, a nudez da escultura foi aceita normalmente, mas na França, causou um burburinho.

Outra obra que surpreende é “O Beijo”(Il Bacio), de Hayez. Quando olhamos para a cena com o coração, percebemos a troca de carícias entre um casal apaixonado. Porém, ao olhar com o conhecimento dos estudiosos de arte, percebemos que a imagem na verdade é patriótica. 

O simbolismo contido é de amor pela pátria e a esperança do surgimento de uma nova nação, após a segunda guerra da independência. As cores remetem às bandeiras da Itália e da França. 

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3 – Academia de Belas Artes (Accademia di Belle Arti di Brera)


Relógio Público do Palácio de Brera
O relógio público está instalado no local desde 1786

Com o intuito de desenvolver a formação artística local e se tornar uma referência para a história e o ensino, a Academia de Belas Artes de Brera nasceu com propósitos bem marcantes.

O bom disso é que, mesmo passados séculos, o local permanece ainda como um dos principais pólos de inspiração e preparação cultural da Europa. Ocupando a parte térrea do Palácio, é possível durante a visita conhecer alguns dos trabalhos produzidos pelos alunos, espalhados por entre os corredores da instituição.

Uma curiosidade, é que a Academia de Brera possui alguns patrimônios, como obras e acervo bibliográfico, além de uma pequena ilha. Isso mesmo! A Ilha Comacina, no Lago Como, é de propriedade da escola de artes. 


4 – Biblioteca Nacional Braidense (Biblioteca Nazionale Braidense) 


Uma das maiores da Itália, a Biblioteca di Brera, como é conhecida, possui em seu acervo atual 898.377 livros impressos, 2.368 incunábulo (obras da época do início da prensa) e 2.119 manuscritos. 

Sua coleção é generalista, com obras históricas e científicas, adquiridas ou recebidas de importantes doadores ao longo do tempo. A sala de leitura, utilizada pelos jesuítas e a sala Maria Teresa, com as estantes projetadas pelo arquiteto italiano, Giuseppe Piermarini, podem ser visitadas. 


5 – Horto Botânico de Brera (Orto Botanico di Brera)


Flor do Orto Botanico di Brera
Se puder, dê preferência para visitar o local em meses mais quentes

Na parte dos fundos do Palácio Brera, está esse pequeno achado em meio a tantas construções: o Horto Botânico de Brera. Sua criação data de 1774, quando o antigo colégio jesuíta foi transferido para o poder público. 

Desde então, ele possui um papel fundamental na preservação de espécies, entre elas algumas raras. Os canteiros são separados por famílias científicas, com espaço para plantas medicinais, têxteis, alimentícias, entre outras. O destaque vai para o par de árvores centenárias de Ginkgo Biloba, um dos primeiros da Europa. 


6 – Caffè Fernanda 


Depois de uma boa caminhada dentro das atrações locais, nada melhor do que sentar para degustar um tradicional café expresso italiano. Com um cardápio variado e requintado, o Caffè Fernanda possui uma pequena cozinha de onde são servidos sanduíches, saladas e pratos quentes.

O nome do local é uma homenagem à historiadora de arte, Fernanda Wittgens, a primeira mulher a dirigir um museu estatal. Dona de um grande idealismo social, ela foi presa pelos nazistas em 1944, por ajudar na fuga de judeus. De volta ao trabalho em 1947, assumiu a reconstrução da Pinacoteca, após os bombardeios de guerra ocorridos em 1943. Boa parte do local foi destruído. 


7 –  Bairro de Brera


A Pinacoteca de Brera, em Milão, ocupa no bairro de mesmo nome, um quarteirão inteiro. Em sua volta, charmosos restaurantes e cafés com mesinhas ao ar livre complementam a beleza das pequenas vielas, com edifícios e sacadas cheias de flores. Sabe a Itália que a gente vê em filmes? Tem muito dela aqui! 


Pinacoteca de Brera em Milão: como chegar?


Para ir até lá de transporte público, o melhor é chegar de metrô. Existem três estações próximas: a Cairoli (Linha 1), a Lanza (Linha 2) e a Montenapoleone (Linha 3). Para quem está hospedado no centro, é possível chegar até lá em uma pequena caminhada. Com dúvidas de onde se hospedar em Milão? Confira nossa matéria especial. 

Serviço:

Pinacoteca de Brera
Via Brera, 28 – Brera – Milão | Itália 
Informações sobre ingressos: https://pinacotecabrera.org


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Olá, meu nome é Thatiane Ferrari

Jornalista especializada em cultura. Já zanzei por mais de 35 países, na maioria das vezes sozinha e com o orçamento curto. Decidi reunir aqui minhas andanças pelo mundo, com o objetivo de compartilhar e estimular a ideia de menos consumo e mais vivência. Viajar é possível, basta planejar!

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