Seja na Liberdade, em São Paulo, no Barrio Chino de Havana ou na Chinatown, em Nova York, uma coisa é certa: os chineses estão em todas as partes e, não poderia ser diferente em uma capital como a da Argentina. O Barrio Chino em Buenos Aires é uma das opções para quem busca um passeio diferente dos tradicionais oferecidos pelos roteiros turísticos, principalmente aos sábados e domingos.
Sua expansão começou na década de 1980, com a chegada de muitos imigrantes asiáticos, especialmente de Taiwan. Não demorou muito para a região se tornar o que é hoje, um ponto de encontro entre culturas. Uma das curiosidades é sobre o arco de 11 metros de altura, presente bem na entrada do bairro, na Calle Arribeños. Produzido na China com cimento e pedra, ele foi transportado em pedaços de lá e só foi montado ao chegar em Buenos Aires.
Barrio Chino, em Buenos Aires: o que encontrar?
Visitar o bairro chinês no final de semana é um grande diferencial, já que é o dia em que a rua fica tomada de pessoas, pequenas barracas e artistas.
Maquiagem, objetos de decoração, produtos de papelaria, acessórios e bijuterias. Há uma variedade de lojas de artigos importados da China, ou seja, todas as bugigangas que muitas vezes não precisamos, mas queremos.
Um dos pontos fortes da região são os restaurantes com culinária chinesa, japonesa, coreana, tailandesa e taiwanesa. Há desde os de rua, que vendem comida rápida, até os de gastronomia mais refinada, com grandes salões.
Com a febre mundial do K-pop, gênero musical vindo da Coreia do Sul que virou moda entre os adolescentes, é normal encontrar por lá uma rodinha com meninas soltando gritos agudos ao reconhecerem os acordes iniciais de alguma música, antes de começar a dançar.
Normalmente se cria um burburinho próximo, mas não chega ao tamanho do grupo de pessoas que o humorista reúne durante o seu número. É tanta gente que às vezes fica difícil sair e entrar das lojas, em especial dos mercados com produtos asiáticos.
No meio de tudo isso, ali mesmo na rua videntes armam suas barracas, prometendo a leitura do futuro. Enquanto ao lado, terapeutas oferecem massagens para reduzir o estresse, como se fosse possível ao saber de uma notícia não muito boa, aliviar a tensão com as mãos.
Para a cura do corpo e da alma, existem lojas naturais que fazem jus ao nome, ao oferecer uma série de plantas para diversos tipos de tratamento com base na Medicina Tradicional Chinesa. Há também o Templo Tzong Kuan, um dos primeiros templos budistas da cidade, fundado em 1988.
Se você visita a cidade entre o final de janeiro e o início de fevereiro, a dica é dar uma passadinha no Bairro Chino, em Buenos Aires para participar do tradicional festejo em comemoração ao Ano Novo Chinês. Pertinho dali, existe também o Barrancas de Belgrano, uma espécie de praça onde os portenhos costumam deitar-se no final da tarde. Depois de um passeio completo, nada melhor que descansar como um local.
Como chegar no Bairro Chinês, em Buenos Aires?
Existem diversas formas de chegar ao Barrio Chino, desde o centro da cidade. De Subte, a estação mais próxima é a Juramento, da linha verde. Já de trem, é possível descer na Belgrano C. Para quem prefere utilizar ônibus, o 29 que sai do centro é uma ótima opção. De carro a distância entre o Obelisco e a região asiática é de 7 km. Não sabe andar de transporte público em Buenos Aires? Então confira a nossa matéria especial.
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