como andar de transporte público em Buenos Aires
08.04.2019 Transporte público em Buenos Aires: como andar por lá?

Conhecer os detalhes da cidade e todos os cantinhos que ela guarda só é possível realmente andando a pé, porém visitar os locais de interesse turístico caminhando é impossível, por mais que você esteja hospedado em um hotel bem localizado. Andar de transporte público em Buenos Aires é uma ótima opção para conviver com a sua gente, enquanto paga barato pelo serviço.

Estação de metrô em Buenos Aires
Estação de metrô em Buenos Aires

Transporte público em Buenos Aires: Tarjeta Sube

Em toda a rede de transporte público é utilizada o cartão Sube (tarjeta Sube). Para obter uma é bem fácil, basta pedir um no Centro de Atención al Turista ou nas estações do Sube. É preciso estar com o seu passaporte ou carteira de identidade para fazer a solicitação, pois o cartão é pessoal.

O cartão funciona nos ônibus (colectivos), trens (trenes), metrô na superfície (metrobus)  e metrô (subte).

O transporte público deve ser pago com o cartão Sube
O transporte público deve ser pago com o cartão Sube

Ele vem com um débito de 90 pesos argentinos, que deve ser pago ao carregar o cartão. A recarga pode ser feita nas estações de Sube ou nos inúmeros quiosques, que mais parecem lojas de conveniência, espalhadas pela cidade.

Transporte público em Buenos Aires: conheça cada um deles

Subte

Inaugurado em 1913, o Subte é conhecido no Brasil como metrô. Ele foi o primeiro sistema de transporte subterrâneo em toda a América do Sul. Ao todo ele possui seis linhas , denominadas de A até H, que atendem bem quem está de passagem pela cidade, mesmo assim tem lugares que ele não vai, como a região do Boca.  

É preciso ficar atento na hora de embarcar, já que muitas vezes as estações de metrô não possuem ligação interna entre os lados. Há placas na escada, do lado de fora, informando para qual direção o vagão está indo.

A tendência é que ele cresça, pois ainda faltam muitas localidades para serem atendidas. Até pouco tempo atrás, a linha A, a mais antiga ainda possuía vagões de madeira em funcionamento. Eu cheguei a andar com eles em 2008, na primeira vez que estive em Buenos Aires. Agora, o que resta são lembranças, já que a cada dia eles vêm sendo modernizados.   

Estação Peru do metrô - uma das mais bonitas da cidade
Estação Peru do metrô – uma das mais bonitas da cidade

Colectivo

Os ônibus em Buenos Aires são identificados por números e as cores da lataria varia conforme a região. O mesmo acontece com as tarifas, pois a cada região possui um valor diferente conforme a distância.

Ao entrar no ônibus é necessário dizer ao motorista, chamado “”chofer” o local aproximado de onde você irá descer, para que ele possa calcular o preço da passagem. Em Buenos Aires eles não costumam dizer o bairro e sim, o nome das avenidas ou ruas que cruzam. Ao invés de falar Jardín Japonés, eles costumam usar “Av. Casares y Av. Figueroa”. Mas, não se preocupe. Essa observação serve mais como uma informação, caso vocês passem por alguma situação em que isso seja necessário.

Metrobus

O mais indicado é o Metrobus Nove de Julio, que nada mais é do que um corredor de ônibus que liga a região do Obelisco até a parte final da avenida 9 de Julio. Se você estiver hospedado na região da Corrientes, ele pode ser uma alternativa para chegar em tradicional bairro de San Telmo.

Trene

Quem está de passeio em Buenos Aires dificilmente irá usar trem, só se for visitar dois lugares, o bairro Chino e a região do Tigre. Assim como o ônibus, as tarifas também variam conforme a distância, mas sem dúvidas esse é o melhor transporte para conhecer esses dois lugares.

Estação Retiro - de onde partem  os trens para o Tigre
Estação Retiro – de onde partem os trens para o Tigre

Transporte público em Buenos Aires: conheça o mapa da linha

Mapa do transporte público - Clique para ampliar
Mapa do transporte público – Clique para ampliar

Outros meios de transporte na cidade

Taxi

Não gosto nunca de generalizar, mas já ouvi muitas histórias falando sobre golpes com taxistas que sempre acabo evitando usar por lá. Se não tiver outra alternativa, fique de olho ao entrar no carro (pretos e amarelos) , para que ele ligue o taxímetro e se puder, acompanhe a corrida pelo GPS do celular.

Uber

É possível utilizar o mesmo aplicativo que usamos no Brasil para chamar os carros. Porém, percebi que aqui funciona as formas de pagamento em cartão e dinheiro. O Uber Cash com o saldo em reais não está disponível na Argentina.

Ainda existe resistência contra a presença do UBER na cidade
Ainda existe resistência contra a presença do UBER na cidade

Há ainda a discussão sobre a legalidade do Uber no país. Assim como foi no início das operações no Brasil, ainda existem brigas e divergências que, em algumas vezes, podem afetar o usuário, principalmente nas chegada e saídas dos aeroportos.

Alugar um carro

Existe também a opção de alugar um carro. A melhor maneira é fazer isso desde o Brasil com a Rent Car. Ela funciona como uma plataforma de comparação de precos entre diversas locadoras. A vantagem além de encontrar bons valores de diárias, é que voce pode pagar em reais, sem cobrança de imposto internacional e existe a possibilidade de parcelar em até 12 vezes.

Tienda Manuel

Uma das opções que mais gosto quando preciso chegar ou sair do aeroporto de Buenos Aires (Ezeiza ou Aeroparque), é utilizar os ônibus do Tienda Manuel. Como sempre estou sozinha, fica bem mais barato do que taxi e eles deixam no Terminal Madero ou Terminal Retiro. O mesmo vale para a volta.

Deixo um alerta! Ao utilizar o transporte público em Buenos Aires fique bem atento aos seus pertences. Como em qualquer outra capital do mundo existem ladrões infiltrados dentro dos ônibus e trens, buscando pessoas desatentas para furtar carteiras e celulares. Não descuide um minuto.  

Booking.com

PLANEJE A SUA VIAGEM!

Olá, meu nome é Thatiane Ferrari

Jornalista especializada em cultura. Já zanzei por mais de 35 países, na maioria das vezes sozinha e com o orçamento curto. Decidi reunir aqui minhas andanças pelo mundo, com o objetivo de compartilhar e estimular a ideia de menos consumo e mais vivência. Viajar é possível, basta planejar!